“Moralistas são pessoas que renunciam às alegrias corriqueiras para poder, sem culpa e recriminação, estragar a alegria dos outros” (Bertrand Russell)
Moralistas são aqueles que acham que o que foi definido como “certo” e “errado” para a maioria, significa que deve se tornar uma lei para todos.
Moralistas impõem suas opiniões não como opiniões e sim como dogmas, doutrinas, leis rígidas a serem seguidas.
Moralistas defendem a “Nação”, a “Pátria”, o “Estado”, a “sociedade” e todos os conceitos abstratos, condenando seres humanos.
Moralistas julgam e condenam ao inferno o ser humano que entende que as leis não são maiores que o homem. O homem é senhor das leis! O moralismo não entende isso!
Moralistas sabem o que é “bom” para os outros sempre e se sentem com uma “missão” de salvar o mundo de uma visão diferente da sua.
Moralistas se sentem os únicos heróis desse mundo a defender a “dignidade”, a “honra” e a “integridade”.
Moralistas são sempre religiosos em suas atitudes e falas, são doutrinários, juízes que condenam o mundo inteiro por não seguir os preceitos da maioria.
Moralistas se acham “cheios de moral” para falar como se fossem “donos da verdade”.
Moralistas se tornam o diabo quando se deparam com um pensamento discordante ao deles e ficam com sangue nos olhos quando descobrem que existem pessoas acima da moral.
Moralistas, como seguem as leis da maioria, perseguem sempre as minorias, os diferentes, os excluídos e os “condenados” por esse mundo.
Moralistas são bem vistos por muitos, por que defendem com fervor a Justiça, o Direito, o Trabalho, a Nação, mas a maioria não vê que são os piores exemplos humanos da História.
Moralistas são possuídos pelo espírito da hipocrisia, que condena o outro sempre por não cumprir aquilo que ele mesmo não consegue cumprir.
Moralistas sempre defendem conceitos relativos e condenam almas humanas.
Moralistas da religião são por vezes piores, por que mandam para o inferno todos os diferentes. Em suas mentes moralistas, são os únicos “escolhidos”, “santos”, “ungidos”, “abençoados” da terra, só por que fazem parte daquele grupinho religioso.
Moralistas da religião enxergam o diferente como “ímpio”, “pecador”, “condenado” e “digno de pena” e mal sabem que vivem no espírito do seu pai, o diabo acusador.
Moralistas tem um falar inquisidor, ameaçador, persuasivo quando querem convencer alguém de suas “verdades”.
Moralistas acham mais importante levar sua “verdade” para o outro e convencê-lo com seu argumento do que viver sua própria “verdade” para si mesmo e a si mesmo se convencer de que o mundo é relativo.
Moralistas querem sempre apontar o caminho, com uma certa certeza que chega ao radicalismo e ao extremismo religioso.
Moralistas se enchem de ódio quando são confrontados com amor verdadeiro e sincero.
Anderson Luiz